Da primeira excursão do Conjunto Big Brasa,
ainda em 1967, é importante destacar que nós tínhamos ainda pouca experiência
musical e tudo estava começando. Por puro desconhecimento foi uma temeridade o
Big Brasa sair de Fortaleza e viajar até Balsas, Carolina e São Luís, com
quatro guitarras e sem contrabaixo. Verdadeiro heroísmo, mas que atualmente
seria inaceitável. Apesar das condições instrumentais do conjunto não serem
ideais para aquele período, havia emoção e muito entusiasmo por parte de todos.
Por causa disso e também da novidade que levamos para aquela cidade, o Big
Brasa até hoje lembrado por quem
participou de seus bailes, como o melhor conjunto musical que por lá atuou.
Boas e inesquecíveis lembranças, comprovando que a primeira impressão é a que fica... Por isso mesmo temos que
aceitar o fato numa boa, porque na verdade muita gente no sentia falta nenhuma
do instrumento. Era tudo novidade e a sensação era o som das guitarras! Com
certeza, até hoje em dia tem muita gente que no tem sensibilidade musical para
perceber a falta que um contrabaixo faz em um conjunto.
- As animadas festas em Caxias,
Maranhão
O Conjunto Big Brasa esteve em Caxias em 1968, para
três funções musicais, ainda sob a orientação de meu pai Alberto Ribeiro. A
primeira festa foi realizada na União Artística Caxiense, depois tocamos na
Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) e por último no Balneário Veneza.
No final da temporada fizemos uma rápida apresentação na residência do prefeito
local, que nos recebeu para um magnífico jantar. A presença de fãs durante
estes momentos foi constante, inclusive com solicitação de autógrafos e fotografias.
Naquela época participavam do Big Brasa o Carló, Adalberto, Edson, Severino,
Getúlio e João Ribeiro.
Nota da imprensa local sobre a temporada em Caxias, dizia:
“Encontra-se em nossa cidade, procedente de Fortaleza, o vitorioso
Conjunto Musical Big Brasa, em excursão artística de divulgação da música
moderna. Composto de cinco músicos, todos pré-universitários, membros de
destacadas famílias da sociedade alencarina, os jovens intérpretes do iê-iê-iê
estrearam ontem em animado baile realizado na sede da União Artística Operária
Caxiense, quando tiveram oportunidade de empolgar os numerosos convidados com
uma verdadeira apoteose de sons e ritmos, que bem os recomendam como um dos
melhores conjuntos do gênero que nos têm visitado. Além de ser equipado com um
instrumental dos mais modernos, o conjunto agrada e faz vibrar a todos pela
vivacidade que executa o seu variado repertório”.
Imaginem que o Conjunto Big Brasa ainda usava amplificadores de
pequena potência e a velha bateria. Apenas as guitarras já tinham sido
substituídas por outras mais modernas, de marcas Gianinni e Phelpa, modelos
“Apache” e “Coronado”.
- Um verdadeiro
“ladrão” na guitarra
Em
Caxias, fiquei conhecendo algumas das diversas expressões usadas pelos
maranhenses da seguinte forma: durante um dos intervalos das festas que o
Conjunto Big Brasa tocava, um grupo de pessoas estava reunido em torno da mesa
reservada para o conjunto, quando ouvi uma delas dizer para a minha mãe, o
seguinte: - Minha Senhora, o seu filho é um verdadeiro “ladrão” na guitarra!
Fiquei
prestando atenção no que ele dizia, percebendo que se referia à maneira que eu
tocava a guitarra, principalmente por ter usado em um improviso um efeito
interessante, realizado com a utilização de um copo, passando pelas cordas,
cujo som se assemelhava ao de uma guitarra havaiana.
O que de
outra forma seria uma qualificação triste, para se ouvir a respeito de um
filho, para ela, a Dona Zisile, soou como música, pois o emprego da palavra
“ladrão”, nesse caso, significava uma pessoa que executava bem aquele
instrumento, um “craque” em sua arte. Uma expressão muito usada pelos
maranhenses.
- Big Brasa em São Luis do
Maranhão
Em 1968 o Conjunto Big Brasa foi contratado
para tocar três festas em São Luís do Maranhão. Lembro que tocamos no Casino
Maranhense, no Lítero Clube e no Grêmio dos Subtenentes e Sargentos da Polícia
Militar do Maranhão. Pelos três bailes o Big Brasa recebeu 60 mil cruzeiros,
mais as passagens aéreas. Um contrato e tanto para os parâmetros da época, em
que uma simples viagem de avião era considerada um item de luxo.
O grupo musical Big Brasa naquele tempo era
composto pelo Carló (in memoriam), Edson Belém, Edson Girão, Adalberto Pereira
Lima, (guitarristas-bases e vocalistas), Severino Tavares (baterista) e João Ribeiro
Beiró, guitarrista-solo. O Getúlio Alberto, meu irmão, participava como mascote
do grupo. Antes de partirmos fizemos umas fotos no Aeroporto Pinto Martins e
outras logo que chegamos a São Luís.
No Clube dos Sargentos e Subtenentes da
Polícia Militar, o organizador veio até nós solicitar que acompanhássemos uma
jovem cantora da cidade, de 15 anos, que tinha uma voz belíssima. No meio da
festa fizemos uma pausa e essa moça ensaiou rapidamente conosco para depois dar
um verdadeiro show de voz, empolgando todos participantes. Ficamos sabendo
muitos anos depois que essa cantora era nada menos que a Alcione, hoje famosa,
filha de um daqueles militares. Ela estava vestida de branco, muito graciosa, e
fez uma belíssima apresentação.
- A temporada em Balsas, Maranhão
Foi em 1968. O Conjunto Big Brasa era
integrado por João Dummar, Carló, Marcos Oriá, Severino Tavares e eu, João
Ribeiro. Chegamos à cidade e foi aquele sucesso monumental. Todo mundo ansioso
para conhecer aquelas músicas e verem as famosas guitarras!
O desconhecimento dos novos conjuntos
musicais fazia que surgissem confusões de nomenclatura, visto que uma pessoa ao
examinar o nosso material perguntou ao Mestre Alberto se o nome daquele
instrumento era “tarracha” ou guitarra. E meu pai explicou direitinho que o
nome era mesmo “guitarra”. Depois ele nos contou a história e todos rimos muito
pela mencionada confusão entre os termos.
Como aquela excursão estava programada os
locais antecipavam a propaganda e os preparativos para nossa recepção. Assim,
seguimos do aeroporto de Balsas em cima de um caminhão, que rodou pelo centro e
principais ruas de Balsas, acompanhado por outros carros (a maioria jipes),
como uma carreata. O pessoal ficava olhando aquilo tudo, admirado e acenando
das portas e janelas. Tudo aquilo foi realmente impressionante para nós e a
responsabilidade pesava mais ainda, depois daquela bela acolhida. O Big Brasa
foi o primeiro conjunto com guitarras a ter se apresentado em Balsas. Daí se
explicava toda aquela curiosidade.
Um panfleto que circulou pela cidade,
anunciava:
“A partir do dia 18 do corrente mês se
encontrará em nosso meio o Conjunto Big Brasa, autêntico representante da
música popular moderna. Trata-se de um conjunto de jovens, onde figuram dois
balsenses, que vem alcançando grande sucesso no meio social de Fortaleza.
Espera-se contar com o apoio integral do povo balsense para este acontecimento,
que cumprirá uma dupla missão: recreativa e cultural”.
O pessoal todo, particularmente amigos e
familiares, estava entusiasmado com a nossa presença. Dentre eles estavam os
nossos primos Bernardino e Gonzaguinha e o próprio Mestre Alberto, meu pai.
Mais tarde tomamos as providências para a preparação do nosso “grande” instrumental
no Clube Recreativo Balsense (CRB). O problema maior era o som para a voz.
Havia naquele tempo os serviços de som dos clubes, normalmente um amplificador
muito fraco e ruim, com pouca potência e caixas de som também de péssima
qualidade. E ainda por cima, na última hora uma das caixas pifou! Quem salvou a
pátria, substituindo um alto-falante defeituoso, foi um padre italiano de quem
não lembro o nome. Mas assim mesmo o alcance e a qualidade do som de voz
deixava muito a desejar...
- E as
cordas de guitarra?
Outro problema nessa temporada foi o da falta
de alguns acessórios, principalmente cordas para as guitarras. Não tínhamos
experiência e falhamos ao não levar para Balsas um estoque suficiente de
encordoamentos de reserva. Resultado: a turma da mão pesada nas guitarras
quebrou várias cordas. Desse time fazia parte o Dummar, que com suas batidas
fortes, como fazia ao violão, bateu o recorde. Eu também não escapava e de vez
em quando quebrava uma corda. Lógico que os encordoamentos não tinham a
resistência como os da atualidade. A solução para a falta de cordas, embora
precária, foi comprar cordas de violão para substituir as das guitarras. Mesmo
ficando com a sonoridade inadequada foi o jeito utilizá-las. Vale aquele
ditado: “ruim com elas, pior sem elas”. E compramos vários deles, ocasionando uma
verdadeira baixa nos encordoamentos de violão no comércio local.
- A
acertada crítica do Leonizar
Ainda sobre a temporada de Balsas um fato
merece citação com destaque. Soube-se que durante a apresentação do Big Brasa
no Clube Recreativo Balsense, na qual os entusiasmados presentes muito
aplaudiam o Conjunto Big Brasa, um excelente saxofonista da cidade, chamado
Leonizar comentou numa roda de amigos que naquele conjunto uma guitarra estava
desafinada. Por sua afirmação foi levado ao ridículo na mesma hora, pelo
desconhecimento musical e pela empolgação daquela turma com o conjunto. Eles simplesmente
não admitiam aquela observação. Esta história se espalhou por toda a cidade e o
pessoal tirou o couro do Leonizar por muito tempo. Mas veja como são as coisas: a bem da verdade o
Leonizar era o único que estava com plena razão! As guitarras, algumas ainda
com encordoamentos de violão, certamente desafinavam muito. E não deveria ser
apenas uma, e sim várias!
O exímio saxofonista, possuidor de um ouvido
fora de série, simplesmente constatou uma grande verdade e nem chegou a
exagerar em seu acertado comentário. Lembro que as guitarras desafinavam mesmo
e havia dificuldade para afiná-las corretamente, com o conjunto tocando! A
desafinação ocorria em virtude da precariedade dos instrumentos e da qualidade
das cordas utilizadas (encordoamentos de violão). Este simples fato serve para
ilustrar novamente que a razão, muitas vezes fica encoberta pela emoção.
- Contratos para Carolina,
Maranhão
Motivado pelas apresentações do Big Brasa em
Balsas, um grupo de pessoas de Carolina, cidade muito próxima, que mantinha
certa rivalidade com Balsas, logo se mobilizou no sentido de também contratar o
conjunto para duas apresentações. Ainda mais, porque esta cidade tinha fama pelo
seu bom nível cultural.
Depois do contrato devidamente acertado foram
enviados dois pequenos aviões monomotores para nos transportar, daqueles que,
conforme o ditado, praticamente levantam
voo “na emergência” por terem apenas um motor. Imagine o Conjunto Big Brasa
viajando em dois aviões. Na verdade aquilo era inédito e um verdadeiro luxo
para nós, além do risco, é lógico. Mas nos sentíamos muito empolgados e com a
imagem de um grupo tal como os Beatles no interior do Brasil... Mas os sonhos
tinham que retornar à realidade: ao distribuir nosso equipamento e o pessoal do
conjunto nesses pequenos teco-tecos, não houve espaço para o banco da bateria,
o qual, por não ser desmontável teve que ficar. Foi a primeira dificuldade.
Durante o voo, o piloto do avião no qual eu
estava (que era um pouco mais potente e veloz), disse que nós poderíamos logo
avistar a outra aeronave, que tinha decolado um pouco antes e estava com o
restante de nosso pessoal. E com uns dez a quinze minutos ele nos apontou o
outro avião, que estava voando ao nosso lado esquerdo, acho que a uns 100 metros de distância.
Vale relatar ainda a gracinha feita pelo mesmo piloto, com relação a uma
inocente pergunta feita pelo Getúlio Alberto: “E avião também tem acelerador? E
o piloto prontamente respondeu: “Tem!”. E empurrou um dos controles do painel
para frente, tirando praticamente toda a aceleração. O motor diminuiu a rotação
e consequentemente o leve aviãozinho começou a perder altura, assustando muito
o Getúlio. Só por alguns instantes, porque nós, imediatamente, pedimos para que
ele acelerasse de novo.
Chegando a Carolina o Conjunto foi muito bem
recepcionado ainda no aeroporto. Em seguida nos deslocamos para conhecer o
clube local, testar e instalar nosso instrumental. A curiosidade e a admiração
pelas guitarras eram enormes, em virtude de ser total novidade naquela época,
principalmente em uma cidade do sul do Maranhão. O caso do banco da bateria,
que não coube no avião foi prontamente resolvido com uma cadeira, colocada em
cima de um engradado de cerveja de modo a ficar na altura adequada. O Severino
teve que se arranjar desse jeito durante as apresentações.
Surgiu um segundo problema: a tensão da rede
elétrica oscilava bastante, por ser gerada por uma usina local, movida a óleo
diesel. Ficava quase todo o tempo muito abaixo dos 220 volts, sem falar nas
oscilações, prejudicando o funcionamento e a qualidade de som dos
amplificadores. A solução rapidamente foi apresentada por moradores locais, que
conheciam bem o problema, e se prontificaram logo a nos ceder vários
transformadores, de diversos tipos e capacidades, cuja instalação ficou uma
verdadeira gambiarra no palco. A ideia daquelas pessoas em conseguir os tais
transformadores acabou dando certo, no final de tudo.
Nas duas festas tocadas em Carolina, eu e o
Carló fizemos apresentações, durante o intervalo, tocando de mesa em mesa, ao
redor da pista de dança, com escaleta e violão. A música escolhida para aquela
oportunidade era a mesma que tocávamos no Balneário de Messejana - Les Marionettes.
Fomos muito aplaudidos, o que de certa forma causou admiração a um primo de meu
pai, que confidenciou a ele ter estranhado o povo de Carolina bater palmas
daquela maneira, tendo em vista que era de seu conhecimento que vários artistas
de renome tinham se apresentado na cidade e não receberam tantos aplausos.
Ainda bem que naquela oportunidade mudaram o comportamento, consequencia talvez
da grande novidade das guitarras.
Nosso retorno a Balsas foi em voo comercial,
em um bimotor modelo DC-3, da extinta empresa Real Aerovias. Esse tipo de
avião, muito usado pelas companhias aéreas naquele período, não era
pressurizado e se ouvia o ronco dos fortes motores bem alto, mesmo dentro da
aeronave. Durante o trecho Carolina a Balsas, um dos músicos do conjunto
resolveu dar uma de turista, pensando que o atendimento de bordo era “de
primeira”. E perguntou a um comissário de bordo: “Seria possível um pouquinho
de leite?”. O comissário, achando muita graça, disse com a maior cara de
brincalhão: “Você está vendo alguma vaca aqui dentro? Tem refresco de limão, lá
atrás, pode pegar”. Disse ele, apontando para uma torneirinha daquelas. Nesse
voo lembro que a turbulência foi enorme em razão da baixa altitude, deixando
uma parte de nosso pessoal meio atordoada. Na chegada a Balsas muitos amigos e
conhecidos estavam nos esperando no aeroporto e nos recepcionaram com muita
satisfação. A viagem foi muito interessante, tanto que várias lembranças são
mantidas até hoje, passados quase cinquenta anos. A temporada valeu a pena por
mais uma experiência para todos nós, praticamente no início do Big Brasa!
- As festas em Teresina, Piauí
No Piauí o Big Brasa se apresentou mais de
uma vez em Teresina e Parnaíba. Em Teresina ficamos hospedados com o nosso tio
Raldir Bastos e tia Hermelinda (in memoriam), que nos receberam de forma
excelente, apoiando a parte logística das festas. Assim pudemos estabelecer um
convívio com todos os meus primos.
Em um dos bailes realizados em Teresina, no
Clube dos Diários, lembro que durante o intervalo houve um show de um grupo
musical da terra, que se apresentou muito bem. Quando retornamos para a segunda
parte do baile o Big Brasa mostrou determinação para superar o tal grupo
musicalmente e conseguimos nosso objetivo. Com um bom repertório, o esforço
para apresentar uma música de qualidade mais uma vez tinha sido recompensado.
Naquele dia, por exemplo, durante uma pequena
pausa durante a festa senti que meus dedos da mão esquerda estavam latejando
muito, em função de solos e muitos improvisos executados. Quem sabe também por
causa de encordoamentos velhos da minha guitarra. Tive a impressão que estavam
sangrando.
Logo que desci do palco derramei sobre os
dedos primeiramente um pouco de guaraná, para suavizar um pouco a sensação.
Vendo que estava tudo normal, apenas doloridos, fiquei mais tranquilo e segui
em frente até o final daquele baile, sem problemas.
- Shows em Parnaíba, Piauí
O Conjunto Big Brasa integrou uma caravana
composta por apresentadores e artistas da TV Ceará, Canal 2. Viajamos em um
ônibus muito bom, com todos do grupo e alguns artistas da televisão. Com muita
propaganda na TV Ceará os sucesso daqueles eventos estavam praticamente
garantidos. Em Parnaíba destaque especial para um show realizado no SESC, seguido de baile no principal clube da
cidade, nos quais o conjunto se apresentou de uma forma impecável e foi muito
bem recebido por uma plateia calorosa e muitas fãs. Um detalhe: ao final da
última música, uma senhora que estava na frente do palco, aplaudindo freneticamente
durante o tempo inteiro, disse para mim que queria cortar um pedaço de minha
orelha para ficar de lembrança. Já pensaram, que desejo extravagante?
Após o término desta apresentação vale
registrar que o conjunto teve dificuldades para deixar o palco, localizado no
auditório, que ficava no segundo andar do prédio, em razão do assédio praticado
pelas fãs. O que se repetiu em seguida, quando precisamos atravessar o pátio
para chegar aos transportes que nos levariam para o clube. Eu e o Lucius Maia,
por exemplo, passamos entre muitas garotas que aproveitaram a oportunidade para
nos abraçar, beliscar, beijar e pedir autógrafos, gritando freneticamente. A
televisão realmente exercia uma força de propaganda significativa para o Big
Brasa no interior do Estado. De forma que sempre fomos muitíssimo bem acolhidos
em todos os locais. Nossos fãs estavam sempre presentes e nos davam muito
carinho.
- Presença em Mossoró, Rio Grande
do Norte
Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o Big
Brasa animou diversos bailes. Dentre eles o da formatura do Carló (in
memoriam), um dos fundadores do Conjunto Big Brasa, como engenheiro agrônomo.
Essa festa de formatura da Escola de Agronomia de Mossoró foi um sucesso total.
Havia uma predisposição para que isso
acontecesse em função do Carló ser muito conhecido na cidade (era chamado
apenas de “Big”, pelos seus colegas de turma e demais conhecidos). Todos os
seus amigos se integraram ao nosso grupo e o baile, que contou com presença de
um grande número de pessoas, transcorreu dentro da mais absoluta normalidade.
Em outras oportunidades que o Big Brasa se
apresentou em Mossoró, lembro que o conjunto estava bem ensaiado e com um
instrumental excelente (o que havia de melhor para os padrões da época), com
equipamentos bons e todos os acessórios
como pedais wah-wah e distorção. O conjunto, além das músicas de sucesso
do momento e variado repertório, tocava sempre uma sequência de músicas do
famoso guitarrista Carlos Santana, com várias músicas que favoreciam espaços
para improvisação e nós os aproveitávamos bem.
A título de registro, muito de nosso foi
inspirado, além do Santana, nos exímios guitarristas Jimi Hendrix e Eric
Clapton, os quais me serviram de modelos para a criação de um estilo
particular. O nosso ritmo em termos de percussão estava reforçado por duas
tumbadoras. O Conjunto Big Brasa atravessava uma fase marcante de muito som.
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