Desde a sua criação, em 1967, o
Conjunto Big Brasa progredia rapidamente e se projetava no cenário da música em
Fortaleza e em todo o Ceará.
Em 1971 o conjunto estava
atravessando uma de suas excelentes fases. Através do Lucius Maia (nosso
contrabaixista) conhecemos o Gilberto, um músico percussionista que tocava
cuíca em uma Escola de Samba, gente boa e fácil de lidar. Em todos os bailes,
depois do intervalo, quando a festa estava no pique mesmo, o conjunto mudava
seu esquema. O Adalberto largava o teclado e pegava um surdo; o Sérgio Alves
passava de bigu a ritmista, tocando um ganzá enorme, que produzia um som muito
legal; o Gilberto pegava a cuíca e tome sambão. Todo mundo cantava e parecia
muito com esses pagodes de hoje, bem animados. Fizemos uma sequencia de sambas
que podia durar até mais de uma hora, se quiséssemos. Aí a coisa pegava fogo e
o ritmo bem marcado daquela sequencia de sambas contagiava todo mundo. Quem não
era chegado à música jovem aproveitava para descontar. Uma das características
do Conjunto Big Brasa era a de ter um repertório grande e também variado, que
pudesse se apresentar para diferentes públicos.
Nosso bom visual contribuía para aquele
sucesso, logicamente além da parte musical. Usávamos naquela temporada uns “blazers”
muito bonitos e muito elegantes. Minha
guitarra nessa época era uma Diamond acústica, muito boa por sinal.
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