terça-feira, 22 de agosto de 2017

A PRIMEIRA EXCURSÃO DO BIG BRASA


Da primeira excursão do Conjunto Big Brasa, ainda em 1967, é importante destacar que nós tínhamos ainda pouca experiência musical e tudo estava começando. Por puro desconhecimento foi uma temeridade o Big Brasa sair de Fortaleza e viajar até Balsas, Carolina e São Luís, com quatro guitarras e sem contrabaixo. Verdadeiro heroísmo, mas que atualmente seria inaceitável. Apesar das condições instrumentais do conjunto não serem ideais para aquele período, havia emoção e muito entusiasmo por parte de todos. Por causa disso e também da novidade que levamos para aquela cidade, o Big Brasa até hoje  lembrado por quem participou de seus bailes, como o melhor conjunto musical que por lá atuou. Boas e inesquecíveis lembranças, comprovando que a primeira impressão é  a que fica... Por isso mesmo temos que aceitar o fato numa boa, porque na verdade muita gente no sentia falta nenhuma do instrumento. Era tudo novidade e a sensação era o som das guitarras! Com certeza, até hoje em dia tem muita gente que no tem sensibilidade musical para perceber a falta que um contrabaixo faz em um conjunto.

- As animadas festas em Caxias, Maranhão
O Conjunto Big Brasa esteve em Caxias em 1968, para três funções musicais, ainda sob a orientação de meu pai Alberto Ribeiro. A primeira festa foi realizada na União Artística Caxiense, depois tocamos na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) e por último no Balneário Veneza. No final da temporada fizemos uma rápida apresentação na residência do prefeito local, que nos recebeu para um magnífico jantar. A presença de fãs durante estes momentos foi constante, inclusive com solicitação de autógrafos e fotografias. Naquela época participavam do Big Brasa o Carló, Adalberto, Edson, Severino, Getúlio e João Ribeiro.
Nota da imprensa local sobre a temporada em Caxias, dizia:
“Encontra-se em nossa cidade, procedente de Fortaleza, o vitorioso Conjunto Musical Big Brasa, em excursão artística de divulgação da música moderna. Composto de cinco músicos, todos pré-universitários, membros de destacadas famílias da sociedade alencarina, os jovens intérpretes do iê-iê-iê estrearam ontem em animado baile realizado na sede da União Artística Operária Caxiense, quando tiveram oportunidade de empolgar os numerosos convidados com uma verdadeira apoteose de sons e ritmos, que bem os recomendam como um dos melhores conjuntos do gênero que nos têm visitado. Além de ser equipado com um instrumental dos mais modernos, o conjunto agrada e faz vibrar a todos pela vivacidade que executa o seu variado repertório”.
Imaginem que o Conjunto Big Brasa ainda usava amplificadores de pequena potência e a velha bateria. Apenas as guitarras já tinham sido substituídas por outras mais modernas, de marcas Gianinni e Phelpa, modelos “Apache” e “Coronado”. 
- Um verdadeiro “ladrão” na guitarra
Em Caxias, fiquei conhecendo algumas das diversas expressões usadas pelos maranhenses da seguinte forma: durante um dos intervalos das festas que o Conjunto Big Brasa tocava, um grupo de pessoas estava reunido em torno da mesa reservada para o conjunto, quando ouvi uma delas dizer para a minha mãe, o seguinte: - Minha Senhora, o seu filho é um verdadeiro “ladrão” na guitarra!
Fiquei prestando atenção no que ele dizia, percebendo que se referia à maneira que eu tocava a guitarra, principalmente por ter usado em um improviso um efeito interessante, realizado com a utilização de um copo, passando pelas cordas, cujo som se assemelhava ao de uma guitarra havaiana. 
O que de outra forma seria uma qualificação triste, para se ouvir a respeito de um filho, para ela, a Dona Zisile, soou como música, pois o emprego da palavra “ladrão”, nesse caso, significava uma pessoa que executava bem aquele instrumento, um “craque” em sua arte. Uma expressão muito usada pelos maranhenses.  
- Big Brasa em São Luis do Maranhão

Em 1968 o Conjunto Big Brasa foi contratado para tocar três festas em São Luís do Maranhão. Lembro que tocamos no Casino Maranhense, no Lítero Clube e no Grêmio dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Maranhão. Pelos três bailes o Big Brasa recebeu 60 mil cruzeiros, mais as passagens aéreas. Um contrato e tanto para os parâmetros da época, em que uma simples viagem de avião era considerada um item de luxo.

O grupo musical Big Brasa naquele tempo era composto pelo Carló (in memoriam), Edson Belém, Edson Girão, Adalberto Pereira Lima, (guitarristas-bases e vocalistas), Severino Tavares (baterista) e João Ribeiro Beiró, guitarrista-solo. O Getúlio Alberto, meu irmão, participava como mascote do grupo. Antes de partirmos fizemos umas fotos no Aeroporto Pinto Martins e outras logo que chegamos a São Luís.

No Clube dos Sargentos e Subtenentes da Polícia Militar, o organizador veio até nós solicitar que acompanhássemos uma jovem cantora da cidade, de 15 anos, que tinha uma voz belíssima. No meio da festa fizemos uma pausa e essa moça ensaiou rapidamente conosco para depois dar um verdadeiro show de voz, empolgando todos participantes. Ficamos sabendo muitos anos depois que essa cantora era nada menos que a Alcione, hoje famosa, filha de um daqueles militares. Ela estava vestida de branco, muito graciosa, e fez uma belíssima apresentação.

- A temporada em Balsas, Maranhão

Foi em 1968. O Conjunto Big Brasa era integrado por João Dummar, Carló, Marcos Oriá, Severino Tavares e eu, João Ribeiro. Chegamos à cidade e foi aquele sucesso monumental. Todo mundo ansioso para conhecer aquelas músicas e verem as famosas guitarras! 

O desconhecimento dos novos conjuntos musicais fazia que surgissem confusões de nomenclatura, visto que uma pessoa ao examinar o nosso material perguntou ao Mestre Alberto se o nome daquele instrumento era “tarracha” ou guitarra. E meu pai explicou direitinho que o nome era mesmo “guitarra”. Depois ele nos contou a história e todos rimos muito pela mencionada confusão entre os termos.  

Como aquela excursão estava programada os locais antecipavam a propaganda e os preparativos para nossa recepção. Assim, seguimos do aeroporto de Balsas em cima de um caminhão, que rodou pelo centro e principais ruas de Balsas, acompanhado por outros carros (a maioria jipes), como uma carreata. O pessoal ficava olhando aquilo tudo, admirado e acenando das portas e janelas. Tudo aquilo foi realmente impressionante para nós e a responsabilidade pesava mais ainda, depois daquela bela acolhida. O Big Brasa foi o primeiro conjunto com guitarras a ter se apresentado em Balsas. Daí se explicava toda aquela curiosidade.

Um panfleto que circulou pela cidade, anunciava:

“A partir do dia 18 do corrente mês se encontrará em nosso meio o Conjunto Big Brasa, autêntico representante da música popular moderna. Trata-se de um conjunto de jovens, onde figuram dois balsenses, que vem alcançando grande sucesso no meio social de Fortaleza. Espera-se contar com o apoio integral do povo balsense para este acontecimento, que cumprirá uma dupla missão: recreativa e cultural”.

O pessoal todo, particularmente amigos e familiares, estava entusiasmado com a nossa presença. Dentre eles estavam os nossos primos Bernardino e Gonzaguinha e o próprio Mestre Alberto, meu pai. Mais tarde tomamos as providências para a preparação do nosso “grande” instrumental no Clube Recreativo Balsense (CRB). O problema maior era o som para a voz. Havia naquele tempo os serviços de som dos clubes, normalmente um amplificador muito fraco e ruim, com pouca potência e caixas de som também de péssima qualidade. E ainda por cima, na última hora uma das caixas pifou! Quem salvou a pátria, substituindo um alto-falante defeituoso, foi um padre italiano de quem não lembro o nome. Mas assim mesmo o alcance e a qualidade do som de voz deixava muito a desejar...

- E as cordas de guitarra?

Outro problema nessa temporada foi o da falta de alguns acessórios, principalmente cordas para as guitarras. Não tínhamos experiência e falhamos ao não levar para Balsas um estoque suficiente de encordoamentos de reserva. Resultado: a turma da mão pesada nas guitarras quebrou várias cordas. Desse time fazia parte o Dummar, que com suas batidas fortes, como fazia ao violão, bateu o recorde. Eu também não escapava e de vez em quando quebrava uma corda. Lógico que os encordoamentos não tinham a resistência como os da atualidade. A solução para a falta de cordas, embora precária, foi comprar cordas de violão para substituir as das guitarras. Mesmo ficando com a sonoridade inadequada foi o jeito utilizá-las. Vale aquele ditado: “ruim com elas, pior sem elas”. E compramos vários deles, ocasionando uma verdadeira baixa nos encordoamentos de violão no comércio local.

- A acertada crítica do Leonizar

Ainda sobre a temporada de Balsas um fato merece citação com destaque. Soube-se que durante a apresentação do Big Brasa no Clube Recreativo Balsense, na qual os entusiasmados presentes muito aplaudiam o Conjunto Big Brasa, um excelente saxofonista da cidade, chamado Leonizar comentou numa roda de amigos que naquele conjunto uma guitarra estava desafinada. Por sua afirmação foi levado ao ridículo na mesma hora, pelo desconhecimento musical e pela empolgação daquela turma com o conjunto. Eles simplesmente não admitiam aquela observação. Esta história se espalhou por toda a cidade e o pessoal tirou o couro do Leonizar por muito tempo.  Mas veja como são as coisas: a bem da verdade o Leonizar era o único que estava com plena razão! As guitarras, algumas ainda com encordoamentos de violão, certamente desafinavam muito. E não deveria ser apenas uma, e sim várias!  

O exímio saxofonista, possuidor de um ouvido fora de série, simplesmente constatou uma grande verdade e nem chegou a exagerar em seu acertado comentário. Lembro que as guitarras desafinavam mesmo e havia dificuldade para afiná-las corretamente, com o conjunto tocando! A desafinação ocorria em virtude da precariedade dos instrumentos e da qualidade das cordas utilizadas (encordoamentos de violão). Este simples fato serve para ilustrar novamente que a razão, muitas vezes fica encoberta pela emoção.

- Contratos para Carolina, Maranhão

Motivado pelas apresentações do Big Brasa em Balsas, um grupo de pessoas de Carolina, cidade muito próxima, que mantinha certa rivalidade com Balsas, logo se mobilizou no sentido de também contratar o conjunto para duas apresentações. Ainda mais, porque esta cidade tinha fama pelo seu bom nível cultural.

Depois do contrato devidamente acertado foram enviados dois pequenos aviões monomotores para nos transportar, daqueles que, conforme o ditado, praticamente  levantam voo “na emergência” por terem apenas um motor. Imagine o Conjunto Big Brasa viajando em dois aviões. Na verdade aquilo era inédito e um verdadeiro luxo para nós, além do risco, é lógico. Mas nos sentíamos muito empolgados e com a imagem de um grupo tal como os Beatles no interior do Brasil... Mas os sonhos tinham que retornar à realidade: ao distribuir nosso equipamento e o pessoal do conjunto nesses pequenos teco-tecos, não houve espaço para o banco da bateria, o qual, por não ser desmontável teve que ficar. Foi a primeira dificuldade.

Durante o voo, o piloto do avião no qual eu estava (que era um pouco mais potente e veloz), disse que nós poderíamos logo avistar a outra aeronave, que tinha decolado um pouco antes e estava com o restante de nosso pessoal. E com uns dez a quinze minutos ele nos apontou o outro avião, que estava voando ao nosso lado esquerdo, acho que a uns 100 metros de distância. Vale relatar ainda a gracinha feita pelo mesmo piloto, com relação a uma inocente pergunta feita pelo Getúlio Alberto: “E avião também tem acelerador? E o piloto prontamente respondeu: “Tem!”. E empurrou um dos controles do painel para frente, tirando praticamente toda a aceleração. O motor diminuiu a rotação e consequentemente o leve aviãozinho começou a perder altura, assustando muito o Getúlio. Só por alguns instantes, porque nós, imediatamente, pedimos para que ele acelerasse de novo.

Chegando a Carolina o Conjunto foi muito bem recepcionado ainda no aeroporto. Em seguida nos deslocamos para conhecer o clube local, testar e instalar nosso instrumental. A curiosidade e a admiração pelas guitarras eram enormes, em virtude de ser total novidade naquela época, principalmente em uma cidade do sul do Maranhão. O caso do banco da bateria, que não coube no avião foi prontamente resolvido com uma cadeira, colocada em cima de um engradado de cerveja de modo a ficar na altura adequada. O Severino teve que se arranjar desse jeito durante as apresentações.

Surgiu um segundo problema: a tensão da rede elétrica oscilava bastante, por ser gerada por uma usina local, movida a óleo diesel. Ficava quase todo o tempo muito abaixo dos 220 volts, sem falar nas oscilações, prejudicando o funcionamento e a qualidade de som dos amplificadores. A solução rapidamente foi apresentada por moradores locais, que conheciam bem o problema, e se prontificaram logo a nos ceder vários transformadores, de diversos tipos e capacidades, cuja instalação ficou uma verdadeira gambiarra no palco. A ideia daquelas pessoas em conseguir os tais transformadores acabou dando certo, no final de tudo.

Nas duas festas tocadas em Carolina, eu e o Carló fizemos apresentações, durante o intervalo, tocando de mesa em mesa, ao redor da pista de dança, com escaleta e violão. A música escolhida para aquela oportunidade era a mesma que tocávamos no Balneário de Messejana - Les Marionettes. Fomos muito aplaudidos, o que de certa forma causou admiração a um primo de meu pai, que confidenciou a ele ter estranhado o povo de Carolina bater palmas daquela maneira, tendo em vista que era de seu conhecimento que vários artistas de renome tinham se apresentado na cidade e não receberam tantos aplausos. Ainda bem que naquela oportunidade mudaram o comportamento, consequencia talvez da grande novidade das guitarras. 

Nosso retorno a Balsas foi em voo comercial, em um bimotor modelo DC-3, da extinta empresa Real Aerovias. Esse tipo de avião, muito usado pelas companhias aéreas naquele período, não era pressurizado e se ouvia o ronco dos fortes motores bem alto, mesmo dentro da aeronave. Durante o trecho Carolina a Balsas, um dos músicos do conjunto resolveu dar uma de turista, pensando que o atendimento de bordo era “de primeira”. E perguntou a um comissário de bordo: “Seria possível um pouquinho de leite?”. O comissário, achando muita graça, disse com a maior cara de brincalhão: “Você está vendo alguma vaca aqui dentro? Tem refresco de limão, lá atrás, pode pegar”. Disse ele, apontando para uma torneirinha daquelas. Nesse voo lembro que a turbulência foi enorme em razão da baixa altitude, deixando uma parte de nosso pessoal meio atordoada. Na chegada a Balsas muitos amigos e conhecidos estavam nos esperando no aeroporto e nos recepcionaram com muita satisfação. A viagem foi muito interessante, tanto que várias lembranças são mantidas até hoje, passados quase cinquenta anos. A temporada valeu a pena por mais uma experiência para todos nós, praticamente no início do Big Brasa!

- As festas em Teresina, Piauí

No Piauí o Big Brasa se apresentou mais de uma vez em Teresina e Parnaíba. Em Teresina ficamos hospedados com o nosso tio Raldir Bastos e tia Hermelinda (in memoriam), que nos receberam de forma excelente, apoiando a parte logística das festas. Assim pudemos estabelecer um convívio com todos os meus primos.

Em um dos bailes realizados em Teresina, no Clube dos Diários, lembro que durante o intervalo houve um show de um grupo musical da terra, que se apresentou muito bem. Quando retornamos para a segunda parte do baile o Big Brasa mostrou determinação para superar o tal grupo musicalmente e conseguimos nosso objetivo. Com um bom repertório, o esforço para apresentar uma música de qualidade mais uma vez tinha sido recompensado.

Naquele dia, por exemplo, durante uma pequena pausa durante a festa senti que meus dedos da mão esquerda estavam latejando muito, em função de solos e muitos improvisos executados. Quem sabe também por causa de encordoamentos velhos da minha guitarra. Tive a impressão que estavam sangrando.

Logo que desci do palco derramei sobre os dedos primeiramente um pouco de guaraná, para suavizar um pouco a sensação. Vendo que estava tudo normal, apenas doloridos, fiquei mais tranquilo e segui em frente até o final daquele baile, sem problemas.

 - Shows em Parnaíba, Piauí

O Conjunto Big Brasa integrou uma caravana composta por apresentadores e artistas da TV Ceará, Canal 2. Viajamos em um ônibus muito bom, com todos do grupo e alguns artistas da televisão. Com muita propaganda na TV Ceará os sucesso daqueles eventos estavam praticamente garantidos. Em Parnaíba destaque especial para um show realizado no SESC, seguido de baile no principal clube da cidade, nos quais o conjunto se apresentou de uma forma impecável e foi muito bem recebido por uma plateia calorosa e muitas fãs. Um detalhe: ao final da última música, uma senhora que estava na frente do palco, aplaudindo freneticamente durante o tempo inteiro, disse para mim que queria cortar um pedaço de minha orelha para ficar de lembrança. Já pensaram, que desejo extravagante?

Após o término desta apresentação vale registrar que o conjunto teve dificuldades para deixar o palco, localizado no auditório, que ficava no segundo andar do prédio, em razão do assédio praticado pelas fãs. O que se repetiu em seguida, quando precisamos atravessar o pátio para chegar aos transportes que nos levariam para o clube. Eu e o Lucius Maia, por exemplo, passamos entre muitas garotas que aproveitaram a oportunidade para nos abraçar, beliscar, beijar e pedir autógrafos, gritando freneticamente. A televisão realmente exercia uma força de propaganda significativa para o Big Brasa no interior do Estado. De forma que sempre fomos muitíssimo bem acolhidos em todos os locais. Nossos fãs estavam sempre presentes e nos davam muito carinho. 


- Presença em Mossoró, Rio Grande do Norte

Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o Big Brasa animou diversos bailes. Dentre eles o da formatura do Carló (in memoriam), um dos fundadores do Conjunto Big Brasa, como engenheiro agrônomo. Essa festa de formatura da Escola de Agronomia de Mossoró foi um sucesso total.

Havia uma predisposição para que isso acontecesse em função do Carló ser muito conhecido na cidade (era chamado apenas de “Big”, pelos seus colegas de turma e demais conhecidos). Todos os seus amigos se integraram ao nosso grupo e o baile, que contou com presença de um grande número de pessoas, transcorreu dentro da mais absoluta normalidade.

Em outras oportunidades que o Big Brasa se apresentou em Mossoró, lembro que o conjunto estava bem ensaiado e com um instrumental excelente (o que havia de melhor para os padrões da época), com equipamentos bons e todos os acessórios  como pedais wah-wah e distorção. O conjunto, além das músicas de sucesso do momento e variado repertório, tocava sempre uma sequência de músicas do famoso guitarrista Carlos Santana, com várias músicas que favoreciam espaços para improvisação e nós os aproveitávamos bem.


A título de registro, muito de nosso foi inspirado, além do Santana, nos exímios guitarristas Jimi Hendrix e Eric Clapton, os quais me serviram de modelos para a criação de um estilo particular. O nosso ritmo em termos de percussão estava reforçado por duas tumbadoras. O Conjunto Big Brasa atravessava uma fase marcante de muito som.

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